quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Bacia do Alto Tietê


A bacia hidrográfica do Alto Tietê corresponde a área drenada pelo rio Tietê, desde sua nascente em Salesópolis, até a Barragem de Rasgão. Com uma área de 5.985 km², com grande superfície urbanizada, composta por 35 municípios. É considerada uma das bacias mais complexas do país no que se refere à gestão ambiental, principalmente por decorrência das profundas alterações causadas aos seus rios por diversas obras hidráulicas e pelo modelo de urbanização adotado no último século.
As alterações nos regimes hidrológicos e hidráulicos e a poluição dos rios, somadas ao fato da Região Metropolitana de São Paulo ser uma das áreas de maior adensamento urbano do mundo, com uma população em torno de 17,8 milhões de habitantes, com previsão de atingir 20 milhões em 2010, resulta numa baixa disponibilidade de água por pessoa, com índices comparáveis às áreas mais secas do Nordeste Brasileiro.
Apesar de apresentar índices pluviométricos na faixa de 1.400 mm por ano e de ter sido conhecida como a "terra da garoa", a baixa disponibilidade hídrica ocorre também por estar localizada numa região de cabeceiras. Os principais contribuintes do Rio Tietê, na sua cabeceira, são os Rios Claro, Paraitinga, Jundiaí, Biritiba-Mirim e Taiaçupeba, que juntamente com o próprio Tietê compõem os mais importantes mananciais de abastecimento da região, formados pelos reservatórios de Ponte Nova, Jundiaí e Taiaçupeba, projetados para abastecimento público e, secundariamente, para controle de enchentes.
A área urbana da bacia ocupa aproximadamente 37% de seu território e, apesar das taxas de crescimento populacional estarem sofrendo acentuada diminuição, isto não se reflete na contenção da expansão da mancha urbana. A expulsão da população de baixa renda para a periferia das cidades agrava a degradação ambiental, em especial as áreas de proteção de mananciais e as várzeas.

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