quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O Rio no cotidiano dos paulistas
No final do século XVI as várzeas do Tamanduateí e do Tietê reuniam inúmeras lavadeiras, geralmente escravas negras ou mamelucas de famílias pobres que cuidavam das roupas do paulistano. Dificilmente se via nessa tarefa uma mulher branca. Apenas a partir do século XIX com a chegada dos imigrantes é que as várzeas e rios de São Paulo passaram a contar com a presença de mulheres de diversos grupos sociais.
Alguns poetas e historiadores descrevem cenas do cotidiano paulista, ao amanhecer, quando romarias de lavadeiras percorriam a antiga Estrada da Penha, atual Rangel Pestana e as ladeiras da General Carneiro e do Carmo, com trouxas nas cabeças repletas de roupas sujas para serem lavadas nos afluentes do Tamanduateí.Desde aquela época, no período de estiagem, já havia disputa pelas águas das várzeas e explodiam brigas entre o grande número de lavadeiras. Foi desse cenário que a expressão "briga de lavadeira" se originou. Ainda hoje quando ouvimos dizer que uma discussão sem importância é "conversa de lavadeira", não nos damos conta de que essas e outras expressões se originaram de fatos reais do passado.
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antigamente lavadeiras geralmente escravas ou mamelucas de famílias pobres que cuidavam das roupas do paulistano usavam o rio ,alguns poetas e historiadores descrevem cenas do cotidiano paulista.
ResponderExcluirAgora nada disso acontece.